Sonhos são como uma radiografia do inconsciente. Eles tentam trazer à consciência aspectos ainda desconhecidos de nós mesmos, compensando atitudes unilaterais do ego.
Quando desvendamos as mensagens oníricas, encontramos ricas contribuições ao processo de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal e, por isso, a análise dos sonhos é muito importante para a Terapia Junguiana.
Para Jung, o sonho não esconde, ele revela. Se às vezes é tão difícil entender as mensagens oníricas é porque estamos acostumados/as a uma linguagem racional e literal. Porém, o inconsciente se expressa de uma forma diferente, em linguagem simbólica, metafórica… é como se o sonho falasse um idioma que não dominamos e, para compreendê-lo, precisamos traduzir as imagens e símbolos que aparecem.
Nesse ponto, frequentemente caímos na armadilha de buscar significados fixos para os elementos que aparecem no sonho, por exemplo, quando buscamos no Google “O que significa sonhar com cobra”? Buscar respostas prontas pode ser pouco produtivo, pois o que realmente importa são as associações pessoais do/a sonhador/a. Dessa forma, dizemos que a análise do sonho não é feita PARA o cliente, mas sim COM o cliente.
Mesmo que as associações pessoais sejam essenciais, não é recomendável analisar os próprios sonhos sozinho/a, pois, por definição, eles estão trazendo conteúdos novos, ainda inconscientes, que estão nos nossos pontos cegos. Por isso, o diálogo entre terapeuta e sonhador/a é tão importante na análise das mensagens oníricas.
Diante do sonho, o melhor é sempre trazer o pressuposto de que NÃO SABEMOS o que ele está dizendo, estar aberto às possibilidades... e, uma vez que alcançamos a compreensão de sua mensagem, cabe ao ego escolher realizar (ou não) as mudanças necessárias na atitude consciente. Por isso, Jung compara o sonho a uma bússola: ele nos indica um norte, mas não especifica o caminho exato a seguir.
E você, está pronto para essa jornada de transformação?
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