"Eu tô com o controle da minha vida, mas ele está sem pilha..."
Você também já se sentiu assim?
Pode ser muito frustrante quando desejamos algo, acreditamos estar fazendo tudo certo para alcançar nosso objetivo, mas ele continua nos escapando entre os dedos. 😩
Vai ter gente dizendo que, se não deu certo, é porque você não está se esforçando o suficiente, afinal “querer é poder”... mas será que é mesmo?
Para Jung, essa crença na supremacia da vontade é uma ilusão, pois ela parte do pressuposto de que tudo o que importa é a vontade do ego (isso é, aquilo que conscientemente desejamos).
No entanto, na abordagem junguiana, consideramos que o ego é apenas UM dos muitos personagens que compõem a nossa psique. É como se existissem vários “eus” dentro de nós (os “complexos autônomos”) e nem sempre é o ego quem está no comando.
Então, quando seus planos (do ego) forem frustrados é bom perguntar: QUEM EM MIM deseja isso que está acontecendo? Para cada “sim” consciente podem existir vários “nãos” inconscientes dentro de nós - e eles têm muito mais força que a vontade egóica‼️
Quanto mais o ego se esforça para estar no controle, mais energia os complexos autônomos ganham, levando-nos a agir justamente das maneiras que mais tentamos evitar.
Mas, se querer NÃO é poder, como a terapia pode ajudar a mudar algo?
O processo terapêutico busca lançar luz aos conteúdos inconscientes e, dessa forma, reduzir seu automatismo. É como se trabalhássemos para dialogar com os diversos "eus" que compõem a nossa psique, assim eles não precisam gritar e fazer birra na tentativa de serem ouvidos!
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